sábado, 6 de agosto de 2011

Apocalipse Aula 19

Artur Nogueira – 07/08/2011 / (Adonias dos Reis)


V.    As sete mensagens – 2-3

E.   Carta a Igreja em Sardes – 3:1-6

1.  Uma Cidade Orgulhosa – Vv. 1a

a.  Quando estudamos as cartas as sete igrejas da Ásia, acabamos avaliando nossas vidas a luz dos sucessos e fracassos dos irmãos do primeiro século. Essas cartas são espelhos que refletem nossas próprias vidas.

b.  A igreja deveria influenciar a comunidade (Mateus 5:13- 16), como sal da terra e luz do mundo, mas infelizmente nem sempre isso acontece. Um exemplo disso foi a congregação de Sardes.

c.   Algumas curiosidades sobre Sardes:

1.    Sardes tinha uma história de glória no passado.

Ela era uma das maiores e mais antigas cidades da Ásia, no governo de Croeso ela foi a capital de um antigo reino, uma Roma da época. No ano 560 a.C., a primeira moeda corrente do governo oficial foi estampada, ou seja, o dinheiro teve sua origem em Sardes. Quando o Rei da Persa, Ciro, o Grande, capturou a cidade, ele levou embora mais de seiscentos milhões de moedas de ouro. Outra fonte de riqueza era o fato da cidade ficar próxima das maiores estradas esse tornou a rica cidade comercial.

2.  Sardes tinha uma história de confiança excessiva.

A cidade original foi construída no pico do monte Tmolo, que naturalmente formava uma fortaleza e ficava a uns quinhentos metros de altitude e para chegar lá precisava passar por uma trilha estreita e que um pequeno grupo de homens podia defender a
fortaleza dos inimigos, era meio que inconquistável.

3.  Perto do final do primeiro século, Sardes estava vivendo a sua glória do passado.

Depois que Ciro (Persa) capturou a cidade, os habitantes foram proibidos de fabricar armas de guerra. Os pais só tinham permissão para ensinar a tocar lira, dançar e comercializar, mais tarde, no ano 17 d.C., a cidade foi destruída por um terremoto, foi reconstruída, mas nunca voltou a ganhar a posição de antes. Na época em que Apocalipse 3:1-6 foi escrito, Sardes era uma cidade de terceira categoria que vivia no passado. Assim era a igreja em Sardes também.

2.  A Descrição Positiva – Vv. 1b

a.  Antes de Jesus descrever o como ele via a Igreja, primeiramente Ele identificou-Se como Aquele “que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas”. Esta é a descrição mais consoladora de todas as descrições apresentadas nas cartas.

b.  A expressão “os sete Espíritos” ocorreu pela primeira vez em 1:4, onde se referia ao Espírito Santo. Visto que o Espírito Santo é dado aos Cristãos para ajudá-los e fortalecê-los (Atos 2:38; 5:32; Romanos 8:11, 13, 26), o fato de Jesus ter “os sete Espíritos” indica que Ele está pronto e tem o poder de consolá-los ou confortá-los.

c.   Ele tem “as sete estrelas”. Segundo 1:16, Jesus segura essas estrelas em Sua mão direita, Sua mão poderosa para proteger. Isto sugere Sua capacidade de guardar e preservar o Seu povo, sua Igreja.

d.  Por que Jesus começou a carta com essa mensagem de consolação, uma vez que a igreja em Sardes não recebeu nenhum elogio? É provável que Ele quisesse encorajar os “poucos” (3:4) na congregação que continuavam fiéis em meio a circunstâncias difíceis.

3.  Diagnostico Doloroso – Vv. 1c-2

a.  Tenha em mente que as sete cartas não circularam separadamente, quando cada uma das sete igrejas se reunia para lerem as cartas, os membros ouviram as outras seis cartas também. Sendo assim, antes da carta à igreja em Sardes ser lida, os cristãos de Sardes ouviram os elogios de Jesus a Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira. Ao contrário delas ouviram a avaliação divina que deve ter tirado o fôlego e deixado alguns furiosos.

b.  A avaliação precisou de apenas seis palavras no texto original: “Tens nome de que vives e estás morto” (v. 1d). A congregação tinha um “nome” por estar “viva”, uma reputação na irmandade pela vitalidade espiritual, se você visitasse aquela congregação num domingo e observasse o culto impressionante as orações intrépidas, os cânticos bem entoados, a pregação de boa qualidade, a observância da ceia do Senhor cheia de dignidade, a contribuição além do normal provavelmente iria embora dizendo: “Esta é uma igreja que está viva para Cristo” Deus, porém, não vê como o homem vê. O Senhor declarou a igreja como “morta”.

c.   Os versículos seguintes mencionam quatro sintomas que levaram Jesus à conclusão de que a igreja em Sardes tinha uma doença terminal que levará a morte:

1.  Sonolência. Quando alguém que sempre teve muita energia não quer fazer nada além de dormir, é hora de consultar um médico (Doença nova no fantástico). Jesus aconselhou a igreja de Sardes dizendo: “Sê vigilante…” (v. 2a). A NTLH diz: “Acordem…”

2.  Letargia. Quando alguém que sempre foi ativo fica preguiçoso. Os cristãos de Sardes sempre foram entusiastas, mas Jesus disse: “porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus” (v. 2c). Eles haviam iniciado obras importantes, mas perderam o interesse; não concluíram nada.

3.  Apatia. Quando alguém que sempre teve orgulho de sua aparência fica relaxado, sem SIMpático e nem ANTIpático. Em 3:4a Jesus disse: “Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras”, isto quer dizer que o restante das pessoas havia se contaminado.

4.  A palavra grega traduzida por “contaminaram” não traduz uma mancha causada por um derramamento acidental, mas todo manchado de sujeira, do tipo rolar na lama. Muitos cristãos de Sardes “passaram a viver uma vida sem distinção da vida levada pelo mundo, passaram a ficar indiferentes ao mandamento de se guardarem “incontaminados do mundo” (Tiago 1:27).

5.  Suscetibilidade. Quando o sistema de imunidade de uma pessoa está debilitado, sua resistência fica baixa e ele fica suscetível a doenças. Em termos espirituais, parece que era essa a situação da igreja em Sardes.


4.  Uma Declaração Veemente – Vv. 3

a.  A igreja em Sardes, com certeza, estava mal, mas o Senhor não iria assinar o atestado de óbito antes de tentar salvá-la. Como Jesus já havia declarado que eles estavam “mortos”, o desafio para “fortalecerem aquilo que ainda estava vivo” (NTLH) pode ter sido motivo de surpresa. Como eles podiam estar mortos e ainda estarem vivos?
b.  É como um homem que ouve do médico... Você esta morto, mas existe um tratamento radical… Talvez funcione. Como quem diz... Há esperança.

c.   Mas precisavam ser radicais, se colocou como ladrão que só age onde há negligencia que era o caso entre eles, Jesus ira pegá-los de surpresa porque estavam despreparados e negligentes – I Tessalonicenses 5:1-2.  


5.  Os Discípulos que Perseverassem – Vv. 4

a.  Depois de descrever a si mesmo e a igreja, Jesus poderia terminar a carta com as promessas para os vencedores. Mas Ele quis prestar um reconhecimento a um grupo especial de pessoas da congregação, “tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras” (v. 4a).

b.  Deus sempre tem Seus poucos fiéis: numa época de perversidade, Deus teve Noé e sua família. Numa época de idolatria, Deus teve Abraão e seu descendente Mesmo em Sodoma e Gomorra, Deus teve “o justo Ló”

c.   Jesus prometeu: “… andarão de branco junto comigo” (v. 4b). Andar com Jesus “de branco” era tomar parte na Sua vitória. O cenário é a entrada triunfal do Rei vitorioso com Seus companheiros depois da guerra ser ganha. Jesus, então, acrescentou: “pois são dignas” (v. 4c).

d.  Essa expressão não significava que os “poucos” eram perfeitos, todos nós somos pecadores (Romanos 3:10) e nenhum de nós merece as honras de Deus, mas Deus valoriza o esforço valoroso daqueles cristãos que se empenham em seguir Jesus e em ficar firmes em circunstâncias difíceis. Não é fácil ser fiel quando todos à nossa volta não são, nem mesmo nossos irmãos.


6.  Declaração promissora – Vv. 5-6
a.  Jesus não estava dizendo que a situação era incorrigível, se eles “acordassem” e “se arrependessem” teriam as mesmas bênçãos prometidas aos poucos fiéis e Jesus confessaria o seu nome diante do Pai e diante dos seus anjos (v. 5).

b.  Uns iam sair da lista, todos seriam julgados pelo que faziam. Vida espiritual não é baseada em promessas, em papo furado ou intenções. Somos o que fazemos!

c.   Jesus prometeu ao vencedor “vestiduras espirituais”: O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas (v. 5a). essas vestiduras eram brancas porque foram lavadas no sangue do Cordeiro (7:14). Jesus prometeu aos vencedores de modo nenhum apagar os nomes deles do Livro da Vida (v. 5b).

d.  Finalmente, Jesus prometeu aos vencedores uma confissão especial: … confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos (v. 5c). Ele continuaria confessando os nomes deles no céu. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (v. 6).


CONCLUSÃO

1.  O desafio desta lição é estarmos entre os “poucos fiéis”. E enquanto estivermos vivos não deixaremos essa igreja morrer.

2.  Não podemos dizer com certeza o estado espiritual de todos, mas no mínimo, havia um membro que mantinha a chama da sua vida espiritual acesa.

3.  Talvez um dia você se encontre em uma congregação onde Jesus classificaria como morta, se isso acontecer, lembre de Sardes, tome a decisão de permanecer vivo no serviço do Senhor. Mantenha suas vestiduras limpas, para um dia andar com Jesus vestido de branco.

Apocalipse Aula 18

Artur Nogueira – 31/07/2011 / (Adonias dos Reis)


V.    As sete mensagens – 2-3

D.   Carta a Igreja em Tiatira – 2:18-28

1.  Saudação – Vv. 18a

a.  A cidade de Tiatira ficava entre Pérgamo e Sardes, era rica e a menos expressiva de todas as sete cidades. A maior de todas com 12 versículos, com mais instrução e atenção e a mais expressivas que todas as cidades.
 
b.  Será que podemos dizer que Artur Nogueira, insignificante perto de Campinas, São Paulo, Belo Horizonte ainda tem a mesma atenção de Jesus?

c.   No Livro de Atos, lemos sobre “certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura” (Atos 16:14a). A cidade era conhecida pelas indústrias de lã e corantes de púrpura caríssimos, extraído gota a gota de uma espécie de molusco. Era conhecida pelos grêmios de trabalhadores organizados para quem trabalhava com couro, tecelagem de lã e linho, metais, cerâmicas, tingimentos, costuras, fabricação de pães e todas as demais profissões. Um problema: se você não fosse membro de um grêmio, você não conseguia emprego.

O problema para os cristãos era que cada grêmio tinha sua deusa padroeira com festas que incluíam orgias.
As reuniões dos grêmios envolviam comer comida sacrificada a ídolos e, às vezes, imoralidades. No segundo século, muitos líderes cristãos ensinavam que os cristãos não deveriam pertencer aos grêmios — mas quando Apocalipse foi escrito, os cristãos ainda estavam lidando com isso. Se fosse o caso, você faria concessões à sua fé para sustentar a família ou os deixaria passar fome? Pense nisso enquanto estu­damos a maior das sete cartas.

d.  “Ao anjo da igreja em Tiatira…” (v. 18a). Não sabemos quando a igreja em Tiatira foi estabele­cida. Lídia e sua família podem ter partilhado a fé quando voltaram para casa, ou a igreja pode ter começado no período em que Paulo esteve em Éfeso (Atos 19:10).

2.  Descrição de Jesus – Vv. 18b

a.  Jesus fez a congregação se lembrar das três verdades poderosas a respeito dEle:

b.  Ele é infalível; Ele é “o Filho de Deus”.

c.   Ele é onisciente; Ele “tem os olhos como chama de fogo”. O versículo seguinte começa com as palavras “conheço”. No versículo 23, Jesus enfatizou: “sou aquele que sonda mentes e corações”.

d.  Ele é justo; tem “os pés semelhantes ao bronze polido”. Jesus diria que Ele lançaria os ímpios “em grande tribulação” (2:22). Novamente, Ele avisou que mataria os não-arrependidos (2:23).

3.  O elogio – Vv. 19

a.  A Igreja era expressiva e Jesus encontrou mais motivos para elogiar do que em qualquer outra igreja. Vejamos:
b.  Era uma igreja operante – Jesus disse: “Conheço as tuas obras”. Não era do tipo que colocava em seus informativos: “No ano passado não houve nenhum batismo, ninguém foi restaurado à comunhão, nenhum membro foi transferido para a nossa con­gregação.

c.   A Igreja era dinâmica, viva e ativa – Jesus disse: “Conheço… o teu amor”. Devemos nos amar. Talvez haja alguma importância por Jesus somente elogiar essa dentre as sete congregações. A única elogiada p/ amor.

d.  A Igreja era prestativa – Jesus disse: “Conheço… o teu serviço”. O amor da congregação era prático; os membros encontravam maneiras de ajudar ao próximo.

e.  A Igreja que confiava – Jesus disse: “Co­nheço… a tua fé”. Em vez de dependerem de suas próprias forças, eles tinham aprendido a depender do Senhor.

f.    A Igreja constante – Jesus disse: “Co­nheço… a tua perseverança”. Devia ser desanima­dor se ver rodeado por uma sociedade má, mas eles não desistiram.

g.  A Igreja estava crescendo – O comentário mais marcante de Jesus é que aquela igreja estava crescendo em boas obras: “Conheço… as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras” A tendência é perder o entu­siasmo com o passar do tempo e fazer menos, em vez de fazer mais, mas a igreja em Tiatira estava fazendo cada vez mais pelo Senhor.

4.  Condenação – Vv. 20-23

a.  Uma Profetiza condenada – Como todas as congregações, a igreja em Tia­tira não tinha somente pontos fortes, tinha também suas deficiências. É improvável que o nome dela fosse de fato Jezabel, um judeu não daria a uma filha esse nome. Jesus certamente a chamou de Jezabel porque ele estava seguindo os passos da Jezabel do Velho Testamento.

b.  Jezabel foi uma princesa pagã que se casou com Acabe, rei de Israel (I Reis 16 em diante e 2 Reis 9), e o arrastou para a idolatria. Ela o manipulou para fazer um templo para Baal em Samaria. Quando pensamos em Jezabel imaginamos uma mulher bela, atraente e sedutora, além de esperta, manipuladora e sem nenhum senso de moralidade.

c.   A Jezabel de Tiatira devia ser igual a ela. É lógico que era uma mulher ambi­ciosa e persuasiva que se declarava profetiza. No inicio da igreja, um dos dons miraculosos era a profecia (1 Coríntios 12:10). Esse dom era dado tanto a mulheres como a homens (Atos 2:17; 1 Coríntios 11:5). As mulheres não podiam usar esse dom nas reuniões públicas da igreja (1 Coríntios 14:34), mas podiam exercê-lo em certas circunstân­cias (1 Coríntios 11:5). Porém, Jesus não disse que essa mulher realmente tinha o dom de profecia; em vez disso, ela se declarava profetisa.

d.  Ela alegava ter acesso a “coisas profundas” e discer­nimentos profundos. Mas Jesus disse “as coisas profundas de Satanás” (2:24). É provável que ela fosse uma mulher de posses e influência, que convidou cristãos para sua casa. Talvez ela fosse de casa em casa, à procura de novos adeptos, qualquer que fosse o seu método, a dou­trina que ela ensinava fez os cristãos “praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos” (v. 20b). Ela teve sucesso porque dizia o que eles queriam ouvir – 2 Timóteo 4:3-4.

e.  Jesus não estava infeliz somente com Jezabel e seus seguidores; Ele estava também insatis­feito com a igreja por permitir que ela continuasse seduzindo (Vv. 20a). Paulo havia ordenado em Efésios 5:11 para não serem cúmplices nem aprovar obras infrutíferas. E em 1 Coríntios 5:11 para não se associarem com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro. Por que a igreja em Tiatira não cortou a comunhão com Jezabel e seus seguidores?

f.    Foi suge­rido que Jezabel era esposa de um dos líderes da igreja. Pode ser, mas no mínimo era uma mulher influente que poderia causar problemas para quem a confrontasse. Também é possível que assim como Corinto, essa congregação se orgulhasse de seu espírito não-julgador (1 Coríntios 5:1:2).

5.  Advertência e ameaça – Vv. 24-25

a.  O que os Infiéis Poderiam Esperar – A próxima afirmação causa um choque: Jesus disse: “Dei-lhe tempo para que se arrepen­desse” (v. 21a). Se você ainda precisava de alguma prova da longanimidade de Deus, aqui está uma. Jesus deu a essa mulher má todas as oportunida­des necessárias para ela se arrepender e mudar de conduta. Infelizmente quando o Senhor é longânimo e misericordioso, é interpretado como omisso e distante, mas Jesus disse: “…ela, todavia, não quer arrepender-se da sua prostituição” (v. 21b).
A igreja havia tolerado a arrogância de Jezabel, mas Jesus não iria tolerar - (Vv. 22). Nessa advertência, Jesus usou trocadilho: Jeza­bel levou os cristãos à cama da fornicação; Jesus levaria Jezabel e seus seguidores a cama de tribulação. Jesus continuou: “Matarei os seus filhos” (Vv. 23). “Filhos” referiam-se à descendência espiritual de Jezabel que aderiram o seu ensino.
b.  O que os Fiéis Deveriam Fazer – No versículo 24 o tom da carta muda de severidade para ternura. Depois de falar do castigo reservado para os que não se arrependes­sem Jesus fez um acréscimo: (Vv. 24-25).

O versículo 20 Jesus julgou alguns como responsáveis pela tolerância com Jezabel, mas aqui Ele não julgou os demais. A maior probabilidade aqui é que o primeiro grupo seriam os líderes da igreja e que não tomaram nenhuma providencia no sentido de exercer a disciplina na igreja e segundo grupo são aqueles que Jesus não julgou responsáveis por serem membros fiéis, que reconheciam a ameaça, mas não tinham autoridade para fazer nada nesse sentido.

6.  Promessa – Vv. 26-28

a.  Primeiramente, Jesus prometeu poder, a referência de reger com cetro de ferro vem de Salmos 2, um Salmo messiânico que fala da auto­ridade de Jesus. Ele estava prometendo que os que obe­decessem a Ele, participariam do Seu governo e da vitória sobre o mal.

b.  A seguir Jesus prometeu esperança. A “estrela da manhã” é uma “estrela” brilhante que aparece no horizonte pouco antes de nascer o dia. No último capítulo de Apocalipse, Jesus identificou-Se como “a brilhante Estrela da manhã” (22:16). Ou seja, Ele estava falando de um relacio­namento especial com os fiéis. Jesus queria dar aos cristãos de Tiatira algo para eles avistarem, como a estrela da manhã anuncia um novo dia cheio de esperança e oportunidades.

7.  Exortação – Vv. 29

a.  Jesus incluiu novamente a exortação: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (v. 29). Observemos que, pela primeira vez, essa exortação surge no final da carta. Este será o padrão para as outras três cartas.


CONCLUSÃO – Quatro verdades.

1.    Ainda temos conflito com o mundo; não pode­mos abrir concessões. Cada nova geração de cristãos precisa encarar o desafio enfrentado pela igreja de Tiatira: estar “no mundo” (João 17:11), mas não ser “do mundo” (João 17:16).

2.    Ainda temos pessoas influentes que podem tornar o erro atraente; não podemos nos desviar. Os filhos de Jezabel ainda estão vivos hoje. Lembremos que “pessoas atraentes, vencedoras e talentosas não são necessariamente referencia para nós, mesmo que sejam intelectuais ou morais”. Tudo precisa ser testado pelo claro ensino da Palavra (1 João 4:1).

3.    Ainda temos a ajuda do Senhor para vencer nossos desafios; não devemos nos desesperar. Cada pro­messa nas sete cartas fala do “vencedor”. Nesta carta, Jesus acrescentou uma expressão nova: ao vencedor, “que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações” (v. 26b). Para você ser um “vencedor”, é preciso que entregue sua vida a Jesus e decida fazer a Sua vontade, independente das conse­qüências. Se você se entregar a Jesus, Ele o ajudará a vencer qualquer problema.

4.    Podemos ser fortes sem sermos teimo­sos. Que eu nem você sejamos encontrados culpados por ensinar ou praticar concessões ou conivências com o mundo? – Caso encontre, veja essa lição como parte do plano de Deus para incentivá-lo a se arrepender.