V. As sete mensagens – 2-3
E. Carta a Igreja em Sardes – 3:1-6
1. Uma Cidade Orgulhosa – Vv. 1a
a. Quando estudamos as cartas as sete igrejas da Ásia, acabamos avaliando nossas vidas a luz dos sucessos e fracassos dos irmãos do primeiro século. Essas cartas são espelhos que refletem nossas próprias vidas.
b. A igreja deveria influenciar a comunidade (Mateus 5:13- 16), como sal da terra e luz do mundo, mas infelizmente nem sempre isso acontece. Um exemplo disso foi a congregação de Sardes.
c. Algumas curiosidades sobre Sardes:
1. Sardes tinha uma história de glória no passado.
Ela era uma das maiores e mais antigas cidades da Ásia, no governo de Croeso ela foi a capital de um antigo reino, uma Roma da época. No ano 560 a.C., a primeira moeda corrente do governo oficial foi estampada, ou seja, o dinheiro teve sua origem em Sardes. Quando o Rei da Persa, Ciro, o Grande, capturou a cidade, ele levou embora mais de seiscentos milhões de moedas de ouro. Outra fonte de riqueza era o fato da cidade ficar próxima das maiores estradas esse tornou a rica cidade comercial.
2. Sardes tinha uma história de confiança excessiva.
A cidade original foi construída no pico do monte Tmolo, que naturalmente formava uma fortaleza e ficava a uns quinhentos metros de altitude e para chegar lá precisava passar por uma trilha estreita e que um pequeno grupo de homens podia defender a
fortaleza dos inimigos, era meio que inconquistável.
3. Perto do final do primeiro século, Sardes estava vivendo a sua glória do passado.
Depois que Ciro (Persa) capturou a cidade, os habitantes foram proibidos de fabricar armas de guerra. Os pais só tinham permissão para ensinar a tocar lira, dançar e comercializar, mais tarde, no ano 17 d.C., a cidade foi destruída por um terremoto, foi reconstruída, mas nunca voltou a ganhar a posição de antes. Na época em que Apocalipse 3:1-6 foi escrito, Sardes era uma cidade de terceira categoria que vivia no passado. Assim era a igreja em Sardes também.
2. A Descrição Positiva – Vv. 1b
a. Antes de Jesus descrever o como ele via a Igreja, primeiramente Ele identificou-Se como Aquele “que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas”. Esta é a descrição mais consoladora de todas as descrições apresentadas nas cartas.
b. A expressão “os sete Espíritos” ocorreu pela primeira vez em 1:4, onde se referia ao Espírito Santo. Visto que o Espírito Santo é dado aos Cristãos para ajudá-los e fortalecê-los (Atos 2:38; 5:32; Romanos 8:11, 13, 26), o fato de Jesus ter “os sete Espíritos” indica que Ele está pronto e tem o poder de consolá-los ou confortá-los.
c. Ele tem “as sete estrelas”. Segundo 1:16, Jesus segura essas estrelas em Sua mão direita, Sua mão poderosa para proteger. Isto sugere Sua capacidade de guardar e preservar o Seu povo, sua Igreja.
d. Por que Jesus começou a carta com essa mensagem de consolação, uma vez que a igreja em Sardes não recebeu nenhum elogio? É provável que Ele quisesse encorajar os “poucos” (3:4) na congregação que continuavam fiéis em meio a circunstâncias difíceis.
3. Diagnostico Doloroso – Vv. 1c-2
a. Tenha em mente que as sete cartas não circularam separadamente, quando cada uma das sete igrejas se reunia para lerem as cartas, os membros ouviram as outras seis cartas também. Sendo assim, antes da carta à igreja em Sardes ser lida, os cristãos de Sardes ouviram os elogios de Jesus a Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira. Ao contrário delas ouviram a avaliação divina que deve ter tirado o fôlego e deixado alguns furiosos.
b. A avaliação precisou de apenas seis palavras no texto original: “Tens nome de que vives e estás morto” (v. 1d). A congregação tinha um “nome” por estar “viva”, uma reputação na irmandade pela vitalidade espiritual, se você visitasse aquela congregação num domingo e observasse o culto impressionante as orações intrépidas, os cânticos bem entoados, a pregação de boa qualidade, a observância da ceia do Senhor cheia de dignidade, a contribuição além do normal provavelmente iria embora dizendo: “Esta é uma igreja que está viva para Cristo” Deus, porém, não vê como o homem vê. O Senhor declarou a igreja como “morta”.
c. Os versículos seguintes mencionam quatro sintomas que levaram Jesus à conclusão de que a igreja em Sardes tinha uma doença terminal que levará a morte:
1. Sonolência. Quando alguém que sempre teve muita energia não quer fazer nada além de dormir, é hora de consultar um médico (Doença nova no fantástico). Jesus aconselhou a igreja de Sardes dizendo: “Sê vigilante…” (v. 2a). A NTLH diz: “Acordem…”
2. Letargia. Quando alguém que sempre foi ativo fica preguiçoso. Os cristãos de Sardes sempre foram entusiastas, mas Jesus disse: “porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus” (v. 2c). Eles haviam iniciado obras importantes, mas perderam o interesse; não concluíram nada.
3. Apatia. Quando alguém que sempre teve orgulho de sua aparência fica relaxado, sem SIMpático e nem ANTIpático. Em 3:4a Jesus disse: “Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras”, isto quer dizer que o restante das pessoas havia se contaminado.
4. A palavra grega traduzida por “contaminaram” não traduz uma mancha causada por um derramamento acidental, mas todo manchado de sujeira, do tipo rolar na lama. Muitos cristãos de Sardes “passaram a viver uma vida sem distinção da vida levada pelo mundo, passaram a ficar indiferentes ao mandamento de se guardarem “incontaminados do mundo” (Tiago 1:27).
5. Suscetibilidade. Quando o sistema de imunidade de uma pessoa está debilitado, sua resistência fica baixa e ele fica suscetível a doenças. Em termos espirituais, parece que era essa a situação da igreja em Sardes.
4. Uma Declaração Veemente – Vv. 3
a. A igreja em Sardes, com certeza, estava mal, mas o Senhor não iria assinar o atestado de óbito antes de tentar salvá-la. Como Jesus já havia declarado que eles estavam “mortos”, o desafio para “fortalecerem aquilo que ainda estava vivo” (NTLH) pode ter sido motivo de surpresa. Como eles podiam estar mortos e ainda estarem vivos?
b. É como um homem que ouve do médico... Você esta morto, mas existe um tratamento radical… Talvez funcione. Como quem diz... Há esperança.
c. Mas precisavam ser radicais, se colocou como ladrão que só age onde há negligencia que era o caso entre eles, Jesus ira pegá-los de surpresa porque estavam despreparados e negligentes – I Tessalonicenses 5:1-2.
5. Os Discípulos que Perseverassem – Vv. 4
a. Depois de descrever a si mesmo e a igreja, Jesus poderia terminar a carta com as promessas para os vencedores. Mas Ele quis prestar um reconhecimento a um grupo especial de pessoas da congregação, “tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras” (v. 4a).
b. Deus sempre tem Seus poucos fiéis: numa época de perversidade, Deus teve Noé e sua família. Numa época de idolatria, Deus teve Abraão e seu descendente Mesmo em Sodoma e Gomorra, Deus teve “o justo Ló”
c. Jesus prometeu: “… andarão de branco junto comigo” (v. 4b). Andar com Jesus “de branco” era tomar parte na Sua vitória. O cenário é a entrada triunfal do Rei vitorioso com Seus companheiros depois da guerra ser ganha. Jesus, então, acrescentou: “pois são dignas” (v. 4c).
d. Essa expressão não significava que os “poucos” eram perfeitos, todos nós somos pecadores (Romanos 3:10) e nenhum de nós merece as honras de Deus, mas Deus valoriza o esforço valoroso daqueles cristãos que se empenham em seguir Jesus e em ficar firmes em circunstâncias difíceis. Não é fácil ser fiel quando todos à nossa volta não são, nem mesmo nossos irmãos.
6. Declaração promissora – Vv. 5-6
a. Jesus não estava dizendo que a situação era incorrigível, se eles “acordassem” e “se arrependessem” teriam as mesmas bênçãos prometidas aos poucos fiéis e Jesus confessaria o seu nome diante do Pai e diante dos seus anjos (v. 5).
b. Uns iam sair da lista, todos seriam julgados pelo que faziam. Vida espiritual não é baseada em promessas, em papo furado ou intenções. Somos o que fazemos!
c. Jesus prometeu ao vencedor “vestiduras espirituais”: O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas (v. 5a). essas vestiduras eram brancas porque foram lavadas no sangue do Cordeiro (7:14). Jesus prometeu aos vencedores de modo nenhum apagar os nomes deles do Livro da Vida (v. 5b).
d. Finalmente, Jesus prometeu aos vencedores uma confissão especial: … confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos (v. 5c). Ele continuaria confessando os nomes deles no céu. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (v. 6).
CONCLUSÃO
1. O desafio desta lição é estarmos entre os “poucos fiéis”. E enquanto estivermos vivos não deixaremos essa igreja morrer.
2. Não podemos dizer com certeza o estado espiritual de todos, mas no mínimo, havia um membro que mantinha a chama da sua vida espiritual acesa.
3. Talvez um dia você se encontre em uma congregação onde Jesus classificaria como morta, se isso acontecer, lembre de Sardes, tome a decisão de permanecer vivo no serviço do Senhor. Mantenha suas vestiduras limpas, para um dia andar com Jesus vestido de branco.
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