Artur Nogueira – 28/08/2011 / (Adonias dos Reis)
V. As sete mensagens – 2-3
F. Carta a Igreja em Filadélfia – 3:7-13
INTRODUÇAO
a. Jesus deixou as piores e melhores igrejas por último. Filadélfia ficava bem perto de Sardes, não era tão grande, próspera ou bem conhecida como as cidades litorâneas, mas tinha muitas qualidades. O nome era em homenagem ao fundador: o rei de Pérgamo Atalus II Filadelfus. “Filadelfus” é uma combinação das palavras gregas para “amor” (filia) e “irmão” (adelfos); significando assim “amor de irmão” ou “amor fraternal”.
b. Era conhecida como “o portal do Oriente”. Ela foi estabelecida como uma cidade missionária para espalhar a língua e a cultura grega na região. Também chamada de “pequena Atenas”.
c. Uma característica geológica da cidade de Filadélfia deve ser observada: ela foi edificada em cima de uma falha geológica e sofreu vários terremotos juntamente com outras cidades da região [incluindo Sardes], e por conta desse temor muitos pobres viviam em cabanas na zona rural e fora da cidade sempre fugindo de terremoto.
d. O mais importante desta cidade era que uma congregação do povo de Deus se reunia lá. Uma igreja que foi duramente provada e que enfrentou muitas dificuldades. A carta de Jesus, que não contém nenhuma repreensão, foi escrita para consolá-los.
1. Consolo por causa da pessoa de Jesus cristo – Vv. 7
a. Os Perseguidores Seriam Expostos.
Jesus primeiramente os consolou se identificando como “Santo”. Sendo um Deus de santidade, Ele não tolera o pecado e essa descrição era uma garantia que os perseguidores desses irmãos seriam castigados.
Ele Se referiu a Si mesmo como “o verdadeiro”. Filadélfia estava repleta de falsos deuses e até falsos judeus (3:9), mas Jesus era autêntico e confiável.
b. O Poder Seria Exercido
Jesus disse que Ele segurava “a chave de Davi” (veja Isaías 22:15–25). Possuir uma “chave” indicava que o indivíduo tinha autoridade, especificamente a autoridade de atender ou se recusar a atender. Jesus tinha a posse exclusiva da chave, portanto o que Ele abria, ninguém fechava; e o que Ele fechava, ninguém podia abrir.
Ele disse aos cristãos de Filadélfia que Ele colocaria diante deles uma “porta aberta, a qual ninguém pode fechar” (3:8b). As forças de Satanás não podiam impedir os planos do Senhor para a Sua igreja.
2. Consolo por causa do elogio de Jesus – Vv. 8-10a
a. Fracos, mas produtivos.
Todo mundo gosta de ser valorizado, e Jesus mostrou Sua apreciação por essa igreja fiel: Conheço as tuas obras eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar — que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. O que quer dizer pouca força? (BP).
Ele poderia estar se referindo ao fato de ter poucos irmãos, poucos talentos na igreja, poucos recursos financeiros daquela congregação, auto-estima?
c. Perseguidos mas Perseverando
Uma coisa que os cristãos podiam fazer e fizeram foi permanecer fiéis. Jesus disse: “…guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome guardaste a palavra da minha perseverança”.
Durante Seu ministério Jesus disse aos discípulos: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (João 14:23a). Quando enfrentamos as tribulações da vida, a pergunta não deve ser: “Nós somos fortes o suficiente?”, mas: “Nosso Senhor é forte o suficiente?” A igreja em Filadélfia sabia responder essa pergunta com a vida.
3. Consolo por causa da provisão de Jesus – Vv. 10b
a. Aumento de potencial.
Por terem perseverado, os cristãos de Filadélfia teriam um futuro cheio de boas realizações. Jesus continuaria dando a eles grandes oportunidades: “eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar”. Uma feliz conseqüência de usarmos o que temos para fazer o que podemos é que o Senhor aumenta o nosso potencial.
Como o músculo que é exercitado e se torna mais forte e pode fazer mais. Jesus pode dobrar nossos talentos quando usamos em Seu propósito. (Mateus 25:17).
b. Reconhecimento da persistência.
Novamente, Jesus disse que eles seriam inocentados por terem fé nEle: “Eis farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que eu te amei” (v. 9). “Sinagoga de Satanás” porque estavam realizando a obra de Satanás. É provável que os judeus estivessem usando sua influência política para incentivar as autoridades romanas irem contra os cristãos.
c. Garantia de Proteção.
Jesus garantiu à igreja em Filadélfia que Ele continuaria protegendo-a: “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra” (v. 10).
Eles haviam sido perseguidos no passado, e tribulações piores os aguardavam, mas Jesus estaria com eles. Jesus prometeu aos cristãos de Filadélfia que Ele não os deixaria quando tribulações viessem. Nem tampouco Ele abandonará a nós (Hebreus 13:5).
4. Consolo por causa da percepção de Jesus – Vv. 11
a. Garantia da Sua presença.
Os cuidados do Senhor dependiam da fidelidade da igreja. Jesus sabia do que eles precisavam para ficarem fortes, mas eles precisavam ter certeza da presença de Jesus, por isso Ele disse: “Venho sem demora” (v. 11a) — para protegê-los e castigar seus inimigos.
b. Necessidade de paciência.
Eles também precisavam ser incentivados a não desistirem, por isso Jesus disse: “Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa“ (v. 11b). É a mesma mencionada em 2:10 stefanos, coroa da vitória.
5. Consolo por causa das promessas de Jesus – Vv. 12
a. Proeminência.
Até aqui as promessas de Jesus era para esta vida, antes de encerrar, Jesus queria que eles soubessem o que os aguardava na vida após a morte:
Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome (v. 12).
Quando usamos a figura da “coluna”, estamos nos referindo a algo que sustenta e agüenta (veja 1 Timóteo 3:15). Na época do Novo Testamento, o conceito de “coluna” tinha mais conotações. Às vezes erguiam colunas para homenagear indivíduos: colocavam nomes nessas colunas com o s feitos desses heróis.
A antiga Filadélfia foi descoberta em escavações e encontraram várias colunas antigas ainda em pé com inscrições de nomes de heróis.
Jesus provavelmente tinha tudo isso e mais em mente quando disse: “Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus”. Nesta vida, os cristãos de Filadélfia foram considerados fracos, mas Jesus os transformaria em “colunas de força”.
b. Permanência.
Jesus enfatizou: “[o meu Deus] daí jamais sairá” (v. 12b). Os cidadãos de Filadélfia muitas vezes fugiam da cidade para não serem esmagados por desabamentos de prédios, mas no céu, as colunas do Senhor serão permanentemente fixas!
Quando chegarmos ao céu, o tempo de provação terminará. Nossa residência será garantida por todos os séculos da eternidade!.
c. Possessão.
Jesus prometeu escrever em cada coluna “o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome” (v. 12c). Como cristãos, fazemos parte da noiva de Cristo, a igreja (Efésios 5:23–33). Um dia, Ele aparecerá para nos levar.
CONCLUSAO – Vv. 13 – (Algumas lições)
Esta carta nos encoraja a procurar mais firme as oportunidades e aproveitá-las.
Precisamos renovar nosso compromisso de obedecer à Palavra do Senhor e jamais negá-lO.
Temos de preservar mais tudo o que Ele confiou aos nossos cuidados, para que eu não perca a minha coroa.
Esta carta nos trás um ânimo especial. Por mais fraco que eu seja, um dia poderei ser coluna de força e estabilidade.
Alguém disse que todos nós deveríamos andar com uma placa: “Em construção”. Jesus ainda está trabalhando em mim, se eu permanecer perto dEle e não desanimar, Ele ainda terá o poder de fazer alguma coisa comigo!
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